Blog criado para expor diário, pensamentos, reflexões, comentarios e idéias do autor. Abraços e sucesso!!!!

domingo, julho 30, 2006



Mudança
Ainda não completei 6 meses morando no sul da Flórida, ou florida como chamam os espanos, e já completei minha terceira mudança. Morei um mês nos Estados Unidos, que começa de Fort lauderdale para cima, e quase cinco em Miami, américa latina com estrutura norte americana.
Como disse meu amigo Renato: em Miami você pode ter o melhor da america latina e o melhor dos US. Dos Latinos a comida, clima e o jeito mais alegre de ser. Dos US a estrutura, o dólar, tecnologia e as coisas funcionando.
Mas ainda quero conhecer mais ao norte. Viajar é claro. E falar inglês.

Um Estranho no Ninho
Como cortar cabelo em salão de haitiano.
Depois de quatro meses na Flórida meu cabelo estava enorme. Sem corte. Parecia um Sem tesoura.
No centro de Miami é muito caro nem pensar em dar 20 dolares e mais gorgeta. Indo para o trabalho passava em um bairro só de haitianos. Entrei num salão e barber shop (barbearia) e derepente achei que eu era um marciano, ou foi eles que acharam. Haitianos são negros e como já comentei em outra ocasião o povo aqui não se mistura. Fui falar com uma senhora cabeleireira se ela cortava cabelo de homem. No início comunicação difícil por que não basta saber ingles tem que saber inglês haitiano, espano, arabe e assim por diante cada um com seu sotaque. Bom, o barbeiro estava de férias mas ela me indicou outro. Fui. Mesma sensação ou pior, pois cada um que entrava me olhava com cara de espanto, espanto mesmo chegavam a diminuir o passo pra ver melhor. Dava pra ver na cara deles o que pensavam. Tipo "o que que esse branquelo ta fazendo aqui"? Relaxei. Passou a ser divertido. Principalmente porque o barbeiro nitidamente não cortava um cabelo liso a muito tempo, levou mais de uma hora e quarenta minutos. E ainda por cima por falha de comunicação fez minha barba e deixou o bigode. Não falei nada. Pensei: deixa ai pra ver como fica depois eu mesmo tiro. Da pra ver na foto do meu profile nesse blog. Tirei no mesmo dia.
Bom passado mais um mês cabelo crescido e trabalhando em outra região, cubanos dessa vez, fui em outro barbeiro. Trinta minutos e pronto.
No começo aqui até ir no barbeiro é uma aventura.

Niquel 47

As moedas norte americanas tem nomes, alem do valor é claro. A de um dólar, quase que não circula, just a dolar. De 50 cents nunca vi. A de 25 cents é: a quarter (um quarto). A de dez, dime (le-se dáimn). A de cinco, níquel; e a de um, penny. Detalhe que todo comercio aqui devolve o troco correto, nada de balinha, caixa de fosforo, chicletes ou outra besteira. Se for dois centavos você leva dois centavos embora. Até em lojas de brasileiros, hahaha. Chega ser curioso pois todo mundo coleciona obrigatoriamente um montão de moedinhas de penny.
Mas, na última quarta feira eu fui com o Beto em Fort Lauderdale e na volta paramos num Taco Bells (fast food à mexicana) e no meio do troco veio um níquel. Prometeu me dar se eu adivinhasse de que ano era. Chutei 1985 crendo que era velha o bastante. Não era , era de 1959. Isso mesmo 1959. Uma moeda de 5 cents de 47 anos de idade circulando normalmente. Deu vontade de chorar até. Essa moedinha já estava circulando a 12 anos quando eu nasci. Lembrando que depois dessa data maravilhosa a moeda brasileira mudou de nome e poder de compra sete vezes, sendo que seis delas num período inferior a 10 anos. Diferença não?
Bom, minha esperança é que o Real já com 12 anos de idade chegue um dia aos 50 ou mais.

sábado, julho 29, 2006

CHICLETES
Os Pontinhos na calçada

De acordo com Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiclete)
"chiclete, goma de mascar no Brasil, pastilha elástica em Portugal ou chuinga Angola é um tipo de confeito que é produzido para ser mastigado e não engolido." E eu gostaria de acrescentar que depois de mastigado, o chiclete, é para ser jogado no lixeiro e não no chão.
O site continua: "tradicionalmente é produzido a partir do látex de uma árvore denominada chicle ("TCHI - CLÉ" que quer dizer Tchi=boca e Clé=movimento), um produto natural. Atualmente, por razões econômicas, os chicletes são produzidos a partir do petróleo."
Aarghghghghg.
Será que poderiamos reciclar chicletes e transforma-los em combustivel?
A origem do hábito de mascar chiclete é controversa. Alguns autores afirmam que o hábito de mascar gomas surgiu entre os índios da Guatemala. Outros, que o hábito surgiu entre os Maias no México. Outro site diz que o hábito vem dos gregos.
Mas ninguém explica de onde vem o hábito de mascar e depois cuspi-lo em qualquer lugar.
A produção industrial do chiclete iniciou-se em 1872 quando o americano Thomas Adams Jr iniciou a venda de pedaços de cera parafinada com alcaçuz.
"O sucesso do produto foi enorme. Através do cinema americano o hábito de mascar chicletes se espalhou pelo mundo".
Cinema americano = veiculo de dissiminação de cultura de consumo.
Não masco chicletes desde o segundo grau. Que é denominado ensino médio a muito tempo. Por crer que não fazia bem para saúde.
Não alimenta, não nutre.
E segundo o site Saúde em Movimento, http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=259 além de cáries o mascador de chicletes também pode desenvolver uma gastrite.
O site também diz que relaxa seu usuário. Mas não masque tanto até virar um relaxado.
A foto abaixo foi tirada em frente a uma loja de conveniências no centro de Miami ao lado do condomínio em que morei.
Meu Roomate David (americano filho de porto riquenhos) estava comigo e quis saber o que eu estava fazendo.
- tirando fotos dos chicletes no chão. respondi.
Não entendeu porque, e lhe perguntei:
- O que esse monte de chiclete no chão significa para você?
- Polution.
- Sim. Poluição ambiental e principalmente estética.
Pior ainda quando distraidamente a pessoa senta sobre um deixado em cadeiras ou bancos.
Quem nunca pisou num chiclete e saiu com o calçado colando no caminho, e a gosma esticando e colando novamente?
A Revista Ibero Americana de Educação (http://www.rieoei.org/experiencias22.htm) publicou uma experiência interessante onde os alunos deveriam procurar em suas cadeiras e carteiras quantos chicletes estavam grudados ali. E depois calcular a média da sala. Vale a pena conferir a parte de desenvolvimento da pesquisa publicada.
Quando fui professor e técnico de natação e professor de educação física em escola não permitia que os alunos mascassem chicletes na quadra ou na piscina. Na piscina nunca tive problemas. Mas na escola muitos protestos.
Então eu convidava o mascador para um pequeno tour na quadra mostrando-lhe umas manchinhas no chão. Sabe o que é isso? Eu perguntava. Não, respondiam. Chicletes! Tão grudados que não saiam nem com marreta.
Se você quer continuar mascando siga em frente, mas por favor depois jogue numa lixeira.

sábado, julho 22, 2006


Week ends alone

Fins de semanas sem vc
O mundo sem ninguem
Um sabado sem vc
Um oasis sem sombra nem agua
Domingos sem vc
Saudades dos seus sandubas

Amo vc demais
Muita saudade
Saudade que dói
Aperta o peito
Amo vc demais

Te amo, te amooooo
Te amo dimaiiiiiiiiiiiiiisssssssssssssssssssss

quinta-feira, julho 13, 2006

Os Pássaros do Oceano!!

Estavamos eu e meu "guru"(para assuntos aleatórios americanos) Beto indo para o trabalho em sua pick up e escutando uma radio de noticias pública e muito interessante que sempre traz muita informação. Quando ele comentou que sempre ouve essa radio e que um dia desses eles falaram muito de pesquisas sobre a fauna marinha. E acrescentou que deveria ser muito legal "o cara trabalhar no que gosta e ainda ser bem pago para estudar os pássaros do oceano". Claro que nesse momento eu interrompi sua divagação e perguntei: "os passaros do oceano"? Ri. Ele não gostou muito. Explicou que sim, há passaros no oceano. Sim, claro ha passaros que pescam. Inclusive peixes voadores acrescentei. É que naquele momento imaginava o alto mar onde não há local para os passaros pousarem, e não uma região litoranea onde é mais fácil encontrar os passaros sobrevoando o mar em busca de sua pesca diaria.
Mas apesar da risada inicial fiquei pensativo sobre a frase do Beto: "os pássaros do oceano".
Alguns dias depois recebi um email em ingles de um amigo que vive aqui nos Estados Unidos sobre o brasileiro na américa (do norte). Um dos pontos lembrava algo que para mim era familiar. O texto dizia: "no Brasil nunca tive problema com negros. Não sou racista. Mas aqui voce aprende o que é racismo e ve o odio entre raças".
Uma verdade dura de se admitir. Eu nunca tive esse problema. Não me considero racista. Muito menos com outras raças, principalmente porque nunca convivi com outros povos como convivo aqui.
Mas as separações aqui são claras. Negro com negro, judeu com judeu, branco com branco, mexicano ajuda e emprega mexicano, cubanos idem.
Mas o interessante é que o negro americano aqui também é racista. São mais negros que os negros que conheci no Brasil. Não se misturaram com outras raças. São puros. Assim como outros povos.
Outra visivel realidade são os "guetos". Aqui em Downtown vizinhos de casa no lado noroeste (NW) vivem os negros americanos. Indo para norte pela avenida NE 2 logo encontramos uma placa Litle Haiti. Onde vive uma grande comunidade de Haitianos. No lado sudoeste (SW) vivem os cubanos. Muitos, mas muitos cubanos mesmo. Eles tem até uma praça:
Plaza de la cubanidad. Voce nem lembra que esta nos estados unidos. Na ilha de Miami Beach encontramos os Brancos, americanos e judeus. Ricos e milionarios. Encontramos muitos latinos também, empregados logicamente.

As vezes quando olho para tudo isso me sinto um passaro no oceano.
Pode parecer engraçado a primeira vez que se ouve, mas, eles existem.

domingo, julho 09, 2006

PLAGIADO



Descobri Luís Fernando Veríssimo, na biblioteca do colégio quando cursava o segundo grau, lendo O Analista de Bagé. Depois li todos seus livros publicados até 1995 e algumas nugas em jornais e revistas.
É desafiador ter que escrever algo semelhante à um texto de Veríssimo assim meio a socavão, sinto – me até um púcaro plagiando descaradamente e sem nenhuma vergôntea na cara.
Aliás plágio não deixa de ser uma palavra interessante.
Acredito que todos em algum túrgido momento de sua vida se viu como num lacrau escuro e úmido ao se deparar com uma palavra desconhecida, ignorada e até mesmo lempira, por assim dizer. Por alguns momentos ficamos zurzindo nossa mente tentando escaninhar tal palavra no micuim da sentença, analisando, contextualisando e querendo adivinhar seu prolixo.
Passada essa curta tróina de frustrada tentativa alguns mais propedêuticos mergulham em uma profunda lacticemia sobre a desconhecida palavra plágio, chegando a pensamentos bem “fornidos” enquanto relembra uma cena de “Palavreado” imaginando Lipídio de Albornoz beijando lugubremente Lascívia com suas mãos a plagiar seu corpo.
Outros, com pensamentos menos fornidos, imaginam o homen do campo plagiando a terra para mais um plantio. Ou talvez alguém mais esportivo visualiza num rápido lambris o verdugo narrando uma disputada prova anaeróbica lática em uma olimpíada:

- Vamos para os últimos 50 metros viraram praticamente juntos Jubelão Vômer III da Leocádia na griseta 5 Urze Turbilhão da Súcia na griseta 4 que é o favorito e detentor do atual plágio mundial ao seu lado na griseta 3 com lânguidas braçadas Macadame John Prior Lacaio da Sevandija do Norte apontado como a zebra da competição lado a lado com ferozes braçadas disputam cada palmo numa alucinada batalha pelo ouro olímpico Urze encaixa uma forte pernada numa tentativa desesperada de passar a frente Macadame e Vômer não se entregam últimas braçadas batem praticamente juntos o placar eletrônico dá um “break” momentâneo vitória para Macadame John Prior Lacaio da Sevandija do Norte estabelecendo novo plágio olímpico e mundial impressionante senhoras e senhores Macadame bate o antigo plágio por 35 centésimos de segundos é fenomenal ..., e por aí vai.*
Numa última viajada na maionese, imagino Willian Bonner anunciando:

- Cientistas americanos da Universidade Hematita da Carolina do Sul descobriram um novo tipo de plágio!!

Corta para Fátima Bernardes

- O novo plágio mais leve e flexível será utilizado desde a indústria automobilística até em aparelhos da NASA. Engenheiros da Microsoft já pensam em utilizar o novo plágio para construir placas e chips mais rápidos e com uma maior capacidade de armazenar dados ... .
Mas aí me lembro que esta mesma notícia será repetida pela Ana Paula Padrão mais tarde, só que aí não será plagio, pensando bem é muito melhor com ela, não que a Fátima fique devendo no “Padrão”, só que não preciso ver o Bonner.
Bom para finalizar existem os mais afoitos que não querem defenestrar seu tempo e vão logo ao dicionário na edícula e descobrem o veraneio significado de plágio, é mais rápido mas muito mais sem graça e as vezes frustrante.
Lembro –me que este estilo já foi abordado pelo próprio Veríssimo em sua crônica “Defenestração”. O que torna este testículo um duplo plágio.


* o parágrafo é sem vírgula mesmo porque verdugos esportivos não dão pausa quando narram um evento de disputa acirrada. Nota do plagiador.

sábado, julho 01, 2006

Passárgada, Passárgada
Dia desses vendo em meu msn quem estava conectado me deparo com a declaração de uma jovem conterrânea: ¨ainda vou embora de Passárgada¨.
Passárgada, lugar idealizado por possuir as coisas que Manoel Bandeira valorizava naquele momento.
Iniciei uma conversa com ela via msn (comecei a teclar com), eu lhe disse que era poético e que daria uma boa crônica. Ela riu e não deu crédito. Então estou a refletir sobre o fato.
Quem iria querer ir embora de Passárgada... Por que ir embora... Já esta em Passárgada, está melhor que o próprio Bandeira que sonhava em ir para lá revivendo em seus pensamentos as coisa que lá tinha.
Mas ela me disse que era somente uma brincadeira que nem mesmo sabia o que realmente queria e iria mudar sua declaração. E o fez. digitando: ¨ainda vou embora Pra Passárgada¨. Depois de alguns momentos mudou a sentença para ¨ainda vou embora d]pra Passárgada¨
Oh dúvida cruel!! Típica da adolescência, já não sabia se ia embora ou ia pra Passárgada.
Passárgada, Passárgada...
Onde esta minha passargada...
Miami parece um pouco com a descrição de Bandeira.
Tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Mas certamente aqui não somos amigos do Rei.
Minha jovem amiga me enquadrou com a pergunta: ¨a questão é saber se o Brasil é a sua Passárgada!¨
Sim e não. Sim lá tem a mulher que eu quero e nem me importa se na cama que escolherei.
Não, por que quando estava lá sonhava com outra Passargada. Cheguei nela mas não sou amigo do rei.
Isso me lembra outra discussão que tive com outra amiga. Essa me dizia que queria ir embora do Brasil, viajar o mundo e tentar entender sua vida, seu destino, ¨quem sou, pra onde vou¨...
Eu acreditava que pra onde ela fosse essa questões e os problemas iriam junto por que essa coisas estavam dentro dela. Ela disse que eu pensava daquela maneira por que tinha a cabeça feita. Os anos passaram ela não viajou o mundo, sossegou, encontrou muitas respostas e eu... perdi a cabeça.
Verificando novamente a janela de conversa com minha ciber amiga no msn me deparei com outra mudança de declaração: ¨ainda acharei minha Passárgada¨
Passárgada, Passárgada
Quanta saudade, chega doer o peito da mulher que lá deixei
Quanta saudade, chega embaçar os olhos pelos filhos que lá ficaram
Passárgada, Passárgada
Lá também não sou amigo do rei, nem o rei dos que nele confiaram.